
DENGUE – O BRASIL É O PRIMEIRO PAIS DO MUNDO A OFERECER A VACINA DA DENGUE NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE – SUS
O Público-alvo para receber a vacina é de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos e quem já teve a doença o recomendado é aguardar seis meses desde quando foi diagnosticado. Em 2024 serão cerca de 3,2 milhões de pessoas que receberão a vacina. Mas a maior parte da população será vacinada até o final de 2025
Do grupo de doenças chamadas arboviroses, que são transmitidas por vírus vetores artrópodes e da família Flavividae, até o momento se sabe de quatro sorotipos, o DENV-1, DENV-2, DENV-3 e o DENV-4. Que têm diferentes informações genéticas.
É a fêmea do mosquito Aedes Aegypti (odioso do Egito) que transporta o parasita
A primeira onda de contágio do sorotipo 1 e 4 e que foi detectada clinicamente e testada em laboratório foi em 1982 em Roraima. Em seguida em outros Estados foi evidenciada a proliferação da doença. Principalmente no Rio de Janeiro no final da década de 1980.
A doença tem tomado proporções de forma endêmica associada a novos sorotipos, prevalecendo uma linhagem.
A dengue tem um crescimento sazonal que predomina entre outubro a maio, mas há uma grande propensão de se alastrar exponencialmente para quadros de epidemias em virtude das consequências da urbanização, áreas sem tratamento de esgotos, com exposição de água e resíduos sólidos oriundos de uso doméstico, moradias precárias, expansão de ocupações sem um devido planejamento da gestão municipal e o crescimento desordenado.
As pessoas que têm doenças crônicas, como a diabetes e hipertensão arterial estão no grupo dos que podem evoluir para diversas complicações de piora podem levar a óbito.
SINAIS DE ALERTA
Por ser uma doença sistêmica, debilitante e autolimitada, a maioria dos infectados se recuperam. Diferente de outros que por ter alguma morbidade pode evoluir para uma piora.
A fatalidade do óbito pode ser evitada, a depender da qualidade do atendimento médico.
Os sinais mais comuns são febre repentina, dores musculares, dor de cabeça e nas articulações, e dor atrás dos olhos.
Ao diminuir a febre entre o 3° e 7° dia do começo da doença é importante observar alguns sintomas como: Dor intensa na barriga, vômitos, inchaços ( acúmulo de líquidos em cavidades corporais), hipotensão ou lipotimia, irritabilidade, aumento do fígado e sangramento de mucosa. O quadro pode avançar para um extravasamento grave de plasma, hemorragias e até o comprometimento de órgãos.
Crianças de 2 anos, grávidas, lactentes e pessoas acima de 65 anos têm mais riscos de após contaminadas evoluir para outras complicações.
A VACINA
A partir de 21 de Dezembro de 2023 o SUS passou a oferecer a vacina contra a dengue. E o Brasil é o primeiro no Mundo a oferecer o imunizante em uma rede pública de saúde.
Entretanto, o problema maior é o controle e prevenção da proliferação do vetor Aedes Aegypti dentro das casas, além de outras arboviroses urbanas como o Chikungunya e Zika.
O jornal O TEMPO, publicou que no sábado (16/03) mais de 1000 crianças e adolescentes foram vacinadas contra a dengue em Belo Horizonte- MG. Desde o dia 27 de fevereiro mais de 37 mil pessoas já tomaram a dose. Mas ainda é um número reduzido em comparação ao grupo de 120 mil.
Desde o início da campanha foram 49,5 mil doses que corresponde a 74% produzido pelo laboratório Takeda (Qdenga), o que não é suficiente para imunizar o público alvo.
Na última quinta-feira (14/03) o Datafolha divulgou que mais de 87% da população de São Paulo quer receber a vacina, mas apenas 30,8% das 1.235.236 doses foram distribuídas.
Quem já foi diagnosticado com a dengue é recomendado esperar em torno de seis meses para receber a vacina. Se for infectado após a vacina, só poderá receber a segunda dose após um intervalo de 30 dias do inicio da doença.
O Jornal metrópole publicou que a quantidade de vacinas no sistema de saúde não é suficiente para imunizar todos os brasileiros, mas apenas 1,6% e atualmente o público alvo são crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.
A Qdenga (vacina contra a dengue) estava sendo vendida por R$500 em clínicas particulares, mas foi esgotada por falta do medicamento.
O laboratório japonês Takeda responsável pela fabricação do imunizante atribui a limitada capacidade de produção e o que se espera é que toda produção seja entregue até o final de 2025.
Para 2024 serão vacinadas 3,2 milhões de pessoas com as 6,5 milhões de doses.
PREVENÇÃO
É importante que em períodos fora da sazonalidade haja ações para o combate e a prevenção para impedir ou diminuir ao máximo o risco de epidemias.
Os agentes de saúde orientam em muitos lares, mas depende da população ter a consciência da prevenção e contribuir com bons hábitos no cotidiano.
Todo lugar que pode acumular água parada deve ser limpo para não formar criadouros de mosquitos.
Repouso, beber muito liquido e jamais se automedicar. Em casos de sangramento deve se procurar com urgência o atendimento médico.